segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Os mais interessantes psicopatas do cinema


Sangue, violência, morte e nenhum sinal de arrependimento. São muitos os filmes que abordam a psicopatia, seja ela como um ponto mórbido em filmes dramático ou, até mesmo, com um viés cômico (muito comum em filmes de Tarantino, por exemplo). Confira quais os filmes que achamos mais interessantes que envolvem a doença como tema principal.

Sete Psicopatas e Um Shih Tzu (2013) é dirigido por Martin McDonagh, com um roteiro original que
utiliza por muitas vezes a metalinguagem (filmes falando sobre filmes, no caso). O ator Colin Farrel, que já tinha aparecido em Na Mira do Chefe (In Bruges) do mesmo diretor, interpreta Marty, um irlandês alcoólatra que pretende escrever um roteiro sobre sete psicopatas, mas que passa por um bloqueio criativo. Ele vive brigando com sua namorada Kaya (Abbie Cornish) e bebendo com seu estranho amigo Billy (Sam Rockwell), que ajuda a criar os personagens. Billy ganha a vida, junto a Hans (Christopher Walken), sequestrando cachorros e depois devolvendo-os para ganhar o dinheiro do resgate. A situação começa a complicar quando, em meio ao conflito amoroso de Marty, um mafioso psicopata chamado Charlie (Woody Harrelson) vai atrás de quem roubou seu bem mais preciso e amado: seu cãozinho Shih Tzu. Os diálogos contém um humor negro inteligente, obtendo assim um filme nada convencional e com bastante sangue. Sete Psicopatas e Um Shih Tzu venceu o prêmio Midnight Madness no Festival de Toronto em 2012, antes do lançamento. Confira o trailer do filme aqui


O polêmico Psicopata Americano (2000), de Mary Harron, é uma adaptação do livro de Bret Easton
Ellis, que foi uma das ficções mais repudiadas de todos os tempos. Assim, o filme trata sobre o personagem Patrick Bateman (Christian Bale): Um jovem bonito e bem sucedido, que assim como seus amigos e colegas de trabalho, está inserido na high society. Sua vida vista de um ângulo superficial parece se limitar a Donald Trump, cheirar pó, jogos ilegais na Bolsa e gastar seu dinheiro em tudo que é possível gastar. Entretanto, por trás de seu charme e cortesia, se instala um monstro consumista e depravado. Bateman caça à noite novas vítimas, que parecem trocar suas vidas por dinheiro assim que aceitam entrar em seu luxuoso automóvel. Ele as estupra e as mata de diferentes formas. Suas ações são marcadas pelo sexo e pelo sangue jorrado em toda parte. Em todo decorrer do longa, ele é indiferente, frio e calculista, além de precisar estar sempre à cima de qualquer um pela sua astúcia ou materialismo. Quando isso não acontece, seus colegas começam a se tornar seu principal alvo. Confira o trailer do filme aqui


O longa-metragem Precisamos Falar Sobre o Kevin (2012), de Lynne Ramsay, é baseado no livro de
Lionel Shriver e aborda o psicopata em sua forma mais original da palavra. Aquele que têm distúrbios mentais graves, seja por fator cerebral/biológico, traumas neurológicos, predisposição genética e traumas na infância. A história é contada em volta de Eva Katchadourian (Tilda Swinton), que mora em uma cidade pequena e contém um desejo comum: ter um bebê. Assim, realizando seu pedido, ela e seu marido Franklin (John C. Reilly) formam uma família com Kevin. Porém, o garoto desde muito novo não apresentava nenhum apego ou afeto, exceto com o pai. Com bastante uso do simbolismo, como a cor vermelha sempre presente, o filme se desenrola de um modo não-linear, revelando os fatos aos poucos, deixando o expectador ansioso e curioso. O filme também debate sutilmente a questão do machismo, da culpa descabida da sociedade sobre a mãe. Alternando cenas do passado e do presente, Precisamos Falar Sobre o Kevin é uma obra forte, angustiante e perturbadoramente fantástica. Confira o trailer do filme aqui.


Por Helena Bianchi Góes
Edição: Isabela Bandeira

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