quinta-feira, 28 de março de 2013

Imagem da semana: Quentin Tarantino


“Violence is one of the most fun things to watch.”
E a Imagem da Semana ilustra Quentin Tarantino, que completou 50 anos de idade ontem, dia 27 e março.
O diretor, famoso por seus filmes que retratam diversas situações com megaviolência (chamada de "ultraviolence" pelo próprio), sarcasmo e sensualidade, já foi premiado no Globo de Ouro como melhor roteirista pelos filmes Pulp Fiction (1995) e Django Livre (2012). Tarantino também faz pontas na maioria de seus filmes e produções, onde seus cômicos personagens mudam o destino da história com pequenas e indiretas intervenções.

segunda-feira, 25 de março de 2013

100 anos do “are baba”

Grandes produções, figurinos elaborados, coreografias sincronizadas, união de música, romance, drama e fantasia. Bollywood, a famosa indústria cinematográfica indiana, completa 100 anos, motivo de orgulho e inspiração para o país. 

Cena do filme Band Baaja Baaraat (2010)
Mistura de Hollywood, a grande indústria cinematográfica americana, com Bombaim, atual Mumbai e cidade sede das produções, Bollywood produz anualmente mais de mil filmes, movimentando parcela representativa da economia nacional. Em 1913, a sua primeira produção, Rei Harishchandra, dirigida por Dadasaheb Phalke, ambientada em Mumbai, foi marcada pelo misticismo, através da representação dos textos sagrados hindus. 

A partir de 1940 passou a adotar seu característico estilo musical. Nos anos 50 e 60, a conquista da independência e o ideal indiano passaram a compor as temáticas. Atualmente, as tradições enraizadas na cultura popular indiana como o casamento encomendado e a divisão da sociedade em castas, contrastam com as “grandes obras” do cinema indiano, que retratam romances cujo amor assume papel principal para a consolidação da união. 

Cena do primeiro filme indiano "Rei Harishchandra" (1913)
Com exceção de sua produção de maior repercussão mundial, “Quem que ser um milionário?”, dirigido por Danny Boyle, ganhadora de 8 das 9 indicações para o Oscar de 2009, entre as elas as de melhor direção, trilha sonora e melhor filme, as produções indianas, com trilhas sonoras que se tornam verdadeiros hits no país, encantam seus conterrâneos por instigarem seu imaginário, distraindo de seus problemas políticos, culturais e sociais, através de realidades distantes daquela vivida pelo público alvo. 



Confira o trailer do filme "Jab Tak Hai Jaan", eleito pelo público melhor filme de 2012 através do site indiano www.top10bollywood.com:



Texto: Helena Salgado
Edição: Hellen Albuquerque e Isabela Bandeira
Crédito das imagens: Reprodução

quarta-feira, 20 de março de 2013

Pelo direito de ser

Como o homossexual é representado no cinema e na mídia

De "Café com Leite" (You, Me and Him)

Em tempos de protestos físicos e virtuais que reinvindicam o simples direito de “ser”, a reflexão sobre como o homossexual é representado pela mídia se faz cada vez mais necessária. Já que esta, como formadora de opinião, tem grande papel na construção e desconstrução de preconceitos.

No cinema, o personagem homossexual está presente desde seu início, quando Thomas Edison fazia suas experimentações cinematográficas em 1895. O intitulado "The Gay Brothers" (em português, "Os Irmãos Gays") apresenta dois homens dançando ao som de um violino. Insinuações com a temática gay já podiam ser encontradas em produções de Charles Chaplin, como em “Behind the Screen” (1916) e em alguns curtas de O Gordo e o Magro, considerado por muitos como um casal. Contudo, o cinema perdeu grande parte de sua liberdade artística nos anos 30, quando foi implementado o Código Hays, que condenava o aparecimento de qualquer situação que fosse considerada obscena (inclusive beijos de língua). Embora o termo “homossexual” não fosse utilizado, era enquadrado nas proibições. O código recebeu grande apoio da Igreja Católica e foi adotado pela MPAA (Motion Picture Association of America), sendo alterado apenas em 1968 (é usado até hoje). 



Marcela Lorenzoni, jornalista que desenvolveu o projeto de pesquisa “A representação feminina na mídia televisiva e fotográfica”, aborda a representação de lésbicas e critica as caracterizações presentes em nosso país. “A mídia brasileira ainda está bastante presa a estereótipos - o gay afeminado, bem vestido, meio histérico, que aparece em segmentos de humor. Era o caso do Crô, que fez tanto sucesso na novela Fina Estampa. Ele era uma caricatura, um 'gay' antes de uma 'pessoa'. A lésbica, quando aparece - o que é raro -  costuma ter a postura bem masculinizada também”, explica.

O personagem homossexual, durante muitos anos, foi estereotipado como cômico. Aparecia como um respiro para as histórias: trazia apenas risadas e nenhuma reflexão. Como é o caso de “Quanto Mais Quente Melhor” (1959), musical estadunidense em que dois homens, ao testemunharem um assassinato pela máfia, se disfarçam de mulheres e se unem a um grupo musical feminino juntamente a Marilyn Monroe para manterem suas vidas. Um deles encontra o amor na figura de um homem milionário. No entanto, o romance aparece em forma de comédia.

Marcela acredita que o simples fato do tema ser abordado já é um avanço. “Os homossexuais podem não estar sendo representados da forma ideal, mas pelo menos estão lá. Ainda falta aprofundar esses personagens e não transformá-los nem em vítimas diárias, nem em palhaços, mas trazê-los com um enfoque diferente”.

Daniel Ribeiro é diretor dos curtas “Eu Não Quero Voltar Sozinho” e “Café com Leite”. Recentemente, está em fase de produção do longa “Todas as Coisas Mais Simples”. Formado pela ECA-USP, dedicou-se a trabalhar com a temática LGBT. “Por muito tempo, os personagens gays ficaram restritos ao estereótipo, o que reforçava muito o preconceito. Hoje em dia, temos uma quantidade enorme de filmes com temática e personagens LGBT que quebram essa ideia de um tipo específico do gay ou da lésbica. Um dos objetivos nos meus filmes era refletir essa diversidade, mostrando como a sexualidade é apenas mais uma das muitas características das pessoas”, comenta Ribeiro.

Cena de "Eu Não Quero Voltar Sozinho"
Nos curtas de Daniel Ribeiro, a sexualidade é apresentada de forma natural e não como o foco principal da trama. Os personagens vivem conflitos universais que trazem identificação com diversos públicos, como a perda de familiares em “Café com Leite” ou o cotidiano de um jovem com deficiência visual e a própria adaptação às suas escolhas pessoais.

Ricardo Dantas, acadêmico de Ciências Políticas da Facinter, vê nessa forma de caracterização um instrumento de conscientização social. "O público do curta é jovem que ainda não tem preconceito enraizado. Se é exposto um relacionamento homossexual suave e bonito como no Eu Não Quero Voltar Sozinho, a visão que generaliza e liga todos os relacionamentos homossexuais à perversão vai perdendo força. Até em quem já tem o preconceito enraizado, a publicidade dos relacionamentos ‘normais’ entre duas pessoas do mesmo sexo tem efeito positivo", afirma Dantas.

O diretor Daniel Ribeiro acredita que a linguagem cinematográfica tem muito a contribuir para a construção de uma sociedade tolerante. “Eu tento abordar o tema de uma forma que possa fazer a mente mais conservadora parar para pensar. Tento retratar a descoberta do amor e da sexualidade da forma mais natural possível. Assim, talvez, os preconceitos sejam questionados”, diz.

Top 3
Filmes com temática homossexual 



Má Educação (2004)
O filme do diretor espanhol Pedro Almodóvar, conta a história de dois meninos, Ignacio e Enrique, que conhecem o amor, o cinema e o medo num colégio religioso no início dos anos 60.



Milk (2008)
Com direção de Gus Van Sant, é baseado na vida do político e ativista gay Harvey Milk - o primeiro gay assumido a ser eleito para um cargo público no estado da Califórnia, comandando campanhas nacionais pelos direitos dos gays.


Madame Satã (2002)
Retrato do célebre transformista João Francisco dos Santos, vivido por Lázaro Ramos. Malandro, presidiário, pai adotivo de sete filhos, homossexual  (conhecido como "Madame Satã") e lendário boêmio da Lapa.







Texto: Hellen Rocha de Albuquerque
Edição de texto: Isabela Bandeira
Edição de imagem: Isabela Bandeira
Imagens: Reprodução

terça-feira, 19 de março de 2013

Imagem da semana: Donnie Darko


Donnie: Why are you wearing that stupid bunny suit?
Frank: Why are you wearing that stupid man suit?
 
A imagem desta semana é uma ilustração feita pelo artista Mike Langlie referente ao filme Donnie Darko (2001), dirigido por Richard Kelly e protagonizado por Jake Gyllenhaal. O filme, categorizado como ficção científica, ganhou prêmios como Melhor Jovem Cineasta (Academia de Ciência, Ficção e Filmes de Terror) e Prêmio do Público (Festival Sueco de Filmes de Fantasia), entre outros. Destaque para Franky-The-Bunny, a figura fantasiada de coelho que Donnie Darko vê com frequência em muitas partes do longa.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Uma nova juventude transviada

Lançamento: Sofia Coppola aposta em história real de adolescentes para filme que estreia no final do semestre 



The Bling Ring (ainda sem tradução para o português), é o novo filme de Sofia Coppola, com previsão de lançamento para o final do primeiro semestre de 2013, já está gerando grande expectativa. O filme é baseado em fatos reais, relatando um episódio que aconteceu em 2009 na Califórnia, nessa época um grupo de adolescentes resolveu roubar mansões de estrelas hollywoodianas como Paris Hilton, Orlando Bloom, Lindsay Lohan e Megan Fox, quando o grupo foi finalmente descoberto, já estavam com mais de quatro milhões de dólares em mercadorias. Agora, quatro anos depois, os adolescentes foram condenados e serviram de inspiração para o roteiro e a direção de Sofia Coppola. A diretora escolheu Emma Watson para interpretar a líder desse ousado grupo, a atriz aparece sensual e provocante no trailer  divulgado oficialmente no último final de semana. Um grande contraste com sua conhecida personagem Hermione, presente em todos os filmes da franquia Harry Potter, que trouxe à Emma o reconhecimento mundial. A trama conta também com a participação de Kristen Dunst, Leslie Mann, Israel Broussard e Paris Hilton.


Veja o trailer oficial:

O filme é um novo olhar sobre uma história verídica. Ao se basear no caso dos jovens da Califórnia, Sofia Coppola mostra um grupo de amigos de classe média alta, socialmente privilegiados, que se envolvem em roubos a residências. Os jovens escolhiam como seus alvos grandes personalidades e ao invadirem as casas levavam objetos de valor, com o objetivo de possuir produtos glamourosos e aumentar suas fortunas. O longa não apresenta apenas o lado que a imprensa e a polícia passaram para a população, mas também os fatores que estão envolvidos nesse caso, como a rotina e o comportamento desses jovens, retratando uma certa "rebeldia" que nos faz lembrar de um clássico do cinema norte-americano, Juventude Transviada de 1955.
Parece que muitas coisas permanecem as mesmas desde 1955, a Juventude Transviada de James Dean, em que jovens de classe alta se envolvem em delitos e são levados à prisão, ainda encontra seus adeptos. Os rebeldes "sem causa" continuam a povoar os EUA, e assim  como serviram de base para The Bling Ring, ainda poderão ser inspiração para outros grandes filmes.


Sofia Coppola, 3x4:
Nascida em Nova York, Sofia, hoje com 41 anos, é cineasta e roteirista. Herdou a veia cinematográfica de seu pai, Francis Ford Coppola, internacionalmente reconhecido pela premiada trilogia O Poderoso Chefão (The Godfather), ainda em família, Sofia é prima do ator Nicolas Cage. Sofia Coppola também já trabalhou como atriz, fez participações em filmes como O Poderoso Chefão I e III, em que foi duramente criticada, e "Star Wars Episódio I – A Ameaça Fantasma", mas foi quando se dedicou aos roteiros e à direção que Sofia ganhou destaque. Desempenhando essas funções foi agraciada com o Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original por Encontros e Desencontros (Lost in translation), além de indicações e prêmios em outras premiações como o Globo de Ouro e o Leão de Ouro do festival de Veneza. Seu primeiro roteiro foi o de As Virgens Suicidas, também ganhou destaque pela direção do longa Maria Antonieta, que retrata a história da última monarca francesa e conta também com a atuação de Kirsten Dunst, a atriz têm presença recorrente nas produções da diretora norte-americana.



Texto: Natalia Concentino
Edição: Hellen Albuquerque
Imagem: Isabela Bandeira Saciotti
Créditos de imagem: Tumblr.com/Reprodução

quarta-feira, 13 de março de 2013

Aniversariantes do mês

¡Feliz cumpleaños para os atores e artistas que fazem aniversário neste mês de março:  




Reese Witherspoon
A atriz nasceu no dia 22 de março de 1976. É natural de Louisiana, New Orleans, e ganhou fama como a advogada e” patricinha” Elle Woods, em Legalmente Loira. Além deste, seus filmes mais famosos foram Johnny & June, Água para Elefantes e Doce Lar. Ainda, atuou e produziu Surpresas do Amor.



Michael Caine
Dia 14 ele irá completar 80 anos. O britânico fez sucesso no mundo todo por meio do filme Miss Simpatia. Hoje, é mais reconhecido como o personagem de Alfred, na trilogia de Batman. No final dos anos 90, trabalhou como intérprete em Laura, A Voz de Uma Estrela e O Conto de Natal dos Muppets. Além disso, produziu os títulos O Quarto Protocolo e Diário de um Gângster.

Quentin Tarantino
Irá fazer 50 anos no dia 27. Nasceu em 1963, no Tenesse. Em sua primeira direção (havia feito apenas roteiros até então), Cães de Aluguel, foi muito aclamado pelos críticos. Os filmes que produz, como Django Livre, Bastardos Inglórios e Pulp Fiction, são alguns dos mais reconhecidos e admirados dos últimos tempos.

Gary Oldman, o vilão dos cinemas



Natural de Londres, o ator, cineasta e músico Gary Oldman faz 55 anos no dia 21 deste mês. Sua mãe, Kathleen, cantava para entreter os soldados na Segunda Guerra Mundial, enquanto o pai, Leonard, era marinheiro. Depois da guerra, eles seguiriam suas vidas como dona de casa e soldador. Porém, Leonard era alcóolatra e deixou a família muito cedo, quando o jovem Oldman tinha apenas 6 anos. Anos mais tarde, na terapia, o astro confessou que se culpou por sua partida. Aos 16 anos, deixou a escola para trabalhar em uma loja de esportes. Oldman cantava e tocava piano, mas deixou de lado sua vocação musical para seguir sua carreira de ator. Malcolm McDowell, do filme The Moon Raging (1970) foi sua inspiração. 

Foto: Tumblr.com
Em 1979 terminou sua graduação de artes cênicas na Britain's Rose Brufford Drama College. Em apenas dois anos de formado estréia no cinema em papéis coadjuvantes e logo depois, consegue atrair olhares dos críticos em “Sid e Nancy – O Amor Mata”, em que interpreta o punk baixista da banda Sex Pistols. Em 1987 foi indicado ao Oscar britânico de melhor ator, por sua atuação no filme “O Amor Não Tem Sexo”. Sua intensidade ao atuar é fora dos padrões. Em razão disso, teve uma longa lista de vilões, como no filme JFK (1987) em que ele mata o presidente John Kennedy, Drácula de Bram Stoker (1992), Jesus (1999) interpretando Pôncio Pilatos e O Quinto Elemento (1997) como o vilão Jean-Baptiste Emanuel Zorg. Muitos de seus personagens são sinistros e peculiares. 
Pelo seu impressionante desempenho em dominar diferentes tipos de sotaques com perfeição (cerca de 30 entonações no total), recebeu muitos elogios dos críticos. Famoso por ser um perfeccionista, dizem que Oldman esbofeteava a si mesmo quando, por algum motivo, se distraía durante os ensaios de "Drácula". Em 1994, sua interpretação em “O Profissional” surpreendeu. A Time elogiou, caracterizando-o como ”divinamente psicótico”. 

Em sua vida pessoal, Gary Oldman se envolveu com muitas mulheres famosas. Primeiramente, nos anos 80, casou-se com Lesley Manville, que atuou com ele no em “A Firma” (1988). Tiveram um filho chamado Alfred, mas o divórcio veio dois anos depois de seu nascimento. Durante as filmagens de “Anjos Caídos”(1990) conheceu a jovem Uma Thurman. Com 19 anos na época a atriz era namorada do diretor. Os dois se casaram, mas o relacionamento também não durou em razão da agitação de suas carreiras e o abuso de álcool por parte de Oldman. Ele tinha criado fortes dependências, como o pai, e isso o levou a ser preso uma vez por uso de drogas. Nos anos seguintes, ficou noivo (mas não chegou a casar) da cantora Isabella Rossellini, que percebeu seu problema com a bebida e o fez procurar tratamento. Mal sabia ele que, por causa disso, sua vida iria tomar outro rumo. Em uma reunião de Alcoólicos Anônimos, em Beverly Hills, deparou-se com a modelo e fotógrafa Donya Fiorentino, a ex-mulher de um famoso diretor, David Fincher. No ano seguinte, eles teriam um casamento que viria depois a ser um amargo divórcio e batalha de custódia por seus dois filhos, Gulliver e Charlie. 

Oldman como Drácula em Drácula de Bram Stoker (1992)
Enquanto estava na reabilitação, Gary Oldman começou a escrever um roteiro baseado em suas memórias de infância. Um conto semi-autobiográfico de uma família sobrecarregada pela pobreza e pelo vício. O filme, também dirigido por ele, se chama Violento e Profano (ou Nil By Mouth) e estreou no Festival de Cannes, 1997, ganhando um prêmio de melhor roteiro original. Retrata assustos como a violência doméstica, as drogas e o álcool. As filmagens foram feitas em regiões de Londres, onde Oldman cresceu. 


Atualmente, seus personagens mais famosos e prestigiados na mídia estão na trilogia Batman (como Comissário Jim Gordon), na série de Harry Potter (como Sirius Black), em O Espião que Sabia Demais (como George Smiley), A Garota da Capa Vermelha (como o Padre Solomon) e O Livro de Eli (como Carnegie), tendo atuado nos dois últimos como incríveis vilões, relembrando o ator de seus velhos tempos de papéis corruptos e perversos. Gary Oldman tem uma bagagem de aproximadamente 40 filmes, sendo assim um experiente e louvável artista. Os próximos trabalhos para este ano já estão confirmados. Ele participará da continuação de O Planeta dos Macados – Origem, do filme de suspense Paranoia e do remake de Robocop.


Texto: Helena Bianchi Góes
Edição: Hellen Albuquerque
Edição de imagem: Isabela Bandeira Saciotti
Imagens: Tumblr.com/Reprodução

domingo, 10 de março de 2013

Imagem da semana: Lisa Rowe

Susanna: "Social contrariness and a generally pessimistic attitude are often observed." Well that's me. 
Lisa: That's everybody.
A imagem dessa semana é a da personagem Lisa Rowe, representada por Angelina Jolie em "Girl, Interrupted" (1999). O filme foi dirigido por James Magnold e baseado no livro originalmente chamado "Garota, Interrompida", escrito por Susanna Kaysen. A performance de Jolie lhe rendeu um Oscar (2000) por Melhor Atriz Coadjuvante.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Life in Technicolor: o surgimento do cinema em cores

Por que o surgimento do cinema em cores não foi apenas uma técnica, mas uma nova perspectiva para a humanidade?

Sensações, reflexões, perspectiva, imaginação. São várias as formas de manifestação artística que podem ser transmitidas com a mistura de cores em produções cinematográficas. Destacar certa cor (ou destacar cor nenhuma) é uma forma de transmitir uma mensagem e moldar uma perspectiva em torno de uma história, seja ela real ou não. No cinema, principalmente, essa forma de brincar com cores se tornou técnica. E essa técnica, desde o surgimento do cinema em cores, faz com que filmes e produções possuam olhares tão diferentes uns dos outros. 


Imagem: Tumblr.com

Em fins do século XIX, o cinema passou a divertir e intrigar plateias de todo o mundo, mesmo com imagens em preto e branco e com a ausência de som. A sequência de imagens relacionadas ao cotidiano pacato era deslumbrante e, graças aos irmãos Lumière, o cinema se tornou item constante na programação de um imenso público. Público que, consequentemente, passou a buscar novos olhares e perspectivas da vida real (e, até mesmo, da fantasia) através de produções cinematográficas. Com a popularização do cinema, vieram novas tentativas de modernização e de tonalizar ainda mais o cinema com elementos da realidade. Um desses elementos foi a imagem colorida. As primeiras tentativas de dar cor ao cinema foram feitas manualmente. Na década de 20, tons de sépia, azul e verde foram utilizados para trazer um tom natural aos filmes americanos, brasileiros e europeus. O uso de filtros coloridos nos processos de filmagens também foi uma técnica que caracterizou a era dos filmes bicolores e a tentativa de deixar as imagens cada vez mais vivas. 

A empresa Technicolor foi pioneira na produção de animações
 coloridas. Seu cliente favorito era Walt Disney.
Foi a empresa norte-americana Technicolor, por sua vez, que transformou o sonho do cinema em cores em realidade. Os experimentos envolviam uma película que filmava em três cores em uma câmera de três elementos. A luz era projetada nas cores primárias, dava ênfase aos tons brilhantes e fez com que a impressão de cor fosse real. Na década de 30, o fundador Herbert T. Kalmus, traz seus experimentos ao mundo de Walt Disney. A cobaia foi a animação “A Branca de Neve e Os Sete Anões” (1937), que seguiu a lógica da Technicolor na projeção de luz em películas coloridas. O processo foi ganhando destaque e, a partir de então, outras agências cinematográficas como a Gevacolor (Bélgica) e Ferraniacolor (Itália) passaram a surgir, utilizando a “técnica arco-íris” em seus filmes. 

Com o surgimento de uma concorrente de peso – a televisão –, empresas cinematográficas começaram a investir na expansão da imagem, melhoria do som e aperfeiçoar o que foi tornado, então, colorido. Novas películas foram criadas, para que a luz pudesse atingir uma gama ainda maior de cores e as câmeras ficaram cada vez mais leves, para facilitarem o processo de filmagem. Filmes de gênero musical se destacaram entre outros, por apresentarem um movimento que mistura cores, coreografia e som. As atrizes Maria Montez e Carmen Miranda se destacaram por abusarem das cores fortes e vivas em suas aparições. O uso de cores, porém, não se restringiu apenas aos filmes. 

A publicidade também passou a adotar técnicas de destaque de cores e de sobreposição de tons para chamarem a atenção em suas exibições. Elementos como a estética e beleza, antes tomados pelo preto e branco em produções anteriores, passaram a ser exibidos como estratégia de Marketing. A empresa Wella, por exemplo, vendeu mais de 5 milhões de tubos de Koleston, o creme colorante para cabelos. Isso porque o público passou a observar as diferentes cores de cabelo das atrizes na tela, pois tinham a possibilidade de ver uma sequência de imagens coloridas. A cor passa a ser, não somente uma técnica cinematográfica, mas um instrumento capaz de despertar sensações, emoções e desejos, sendo um dos elementos de comunicação mais importantes para a nossa atualidade. 

Foto: Reprodução
LEGAL DE SABER:

O primeiro filme brasileiro em cores foi “Destino em Apuros” (1953), dirigido por Ernesto Remani e lançado pela empresa Multifilmes. A produção do filme foi muito cara, pois a revelação das películas eram feitas nos Estados Unidos. Com o destaque (por ser um filme colorido), muitos atores participantes do filme como Ítalo Rossi, Paulo Autran e Sérgio Brito fizeram história no cinema, TV e teatro brasileiro.




PRIMEIRAS IMAGENS COLORIDAS EM MOVIMENTO:


Texto: Isabela Bandeira Saciotti
Edição: Hellen Albuquerque
Imagem: Reprodução/Tumblr.com

terça-feira, 5 de março de 2013

Imagem da semana: Alex DeLarge


Welly, welly, welly, welly, welly, welly, well. To what do I owe the extreme pleasure of this surprising visit?
Para inaugurar o quadro de "Imagens da Semana", eis a foto de um dos personagens mais marcantes da história do cinema, Alex DeLarge (interpretado por Malcolm McDowell).
Laranja Mecânica (1971), dirigido por Stanley Kubrick, foi indicado ao Oscar pelas categorias de Melhor Direção, Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição.